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GRITO DA PECUÁRIA
Pecuaristas e frigoríficos chegam ao primeiro consenso

Data da notícia: 2016-04-08 18:47:16
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(Da Redação) Pecuaristas e representantes de frigoríficos se reuniram na última quinta-feira (7) para mais uma reunião da comissão de negociação do preço da arroba do boi em Rondônia.

Após várias horas de discussão e apresentadas as possibilidades de uma possível melhora, um frigorífico confirmou que a partir da próxima semana deve começar a pagar R$ 130 na arroba do boi. Além disso, um grupo de trabalho para discutir a cadeia produtiva como um todo deve ser formado.

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon), Hélio Dias, o encontro de quinta teve grandes avanços e, ao menos seis grandes frigoríficos, que estavam na reunião, demonstram que começam a entender a necessidade de ajustes no preço da arroba do boi.

?A reunião foi positiva. Colocamos na mesa toda a clareza, a dificuldade em recompor o preço e houve uma sinalização muito forte. A gente sabe que o preço se ajusta pelo mercado, com a lei da oferta e da procura, mas temos avanços significativos. O próprio Distriboi já sinalizou que vai pagar, a partir dessa semana, R$ 130 a arroba. Isso quer dizer uma melhoria significativa entre pecuaristas e donos de frigoríficos nessas conversas?, avaliou Dias.

Para o presidente da Faperon, que também é presidente da comissão de negociação, a participação dos frigoríficos nesses encontros é um reconhecimento do que está fazendo o Grito da Pecuária. ?A oferta de boi em Rondônia é grande junto à classe produtora. E, diferente de outras regiões, não temos problema com a seca. O problema da grande oferta é o que o faz o preço estabilizar ou até diminuir?.

?Não é o cenário que queríamos ter. Por isso, nessa mesa de negociação, junto com os frigoríficos, estamos buscando uma melhoria da recomposição do preço. E já conseguimos. Muitos produtores estão conseguindo um preço melhor. E a diminuição do ICMS, que reduziu para valores acessíveis, tem atraído compradores de outras praças?, garantiu Hélio Dias.

De acordo com o dirigente, empresários e pecuaristas definiram a criação de um grupo de trabalho entre a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e os produtores para avançar nas discussões sobre a abertura dos mercados para Europa, Estados Unidos e China. Ele explicou que a Abiec garantiu que até setembro a carne rondoniense deve chegar ao comércio norte americano e isso tudo agrega ao produto.



A reunião
Na mesa de negociações ficaram frente a frente os pecuaristas e os representantes de frigoríficos. Após a apresentação sobre os assuntos pertinentes, Dias disse que na última reunião houve um mal-entendido sobre o tema a ser discutido. ?Nós entendemos que seria abordado o preço da arroba do boi enquanto a pauta era formação da câmara setorial?, desculpou-se o presidente da Faperon.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, chamou a atenção para discussãoda cadeia produtiva da pecuária, levando-se em consideração desde os trabalhadores até a venda e exportação da carne bovina.

?Nós acreditamos, desde a primeira reunião, que a grande mudança vai ocorrer a partir da elitização dos países importadores credenciarem o estado de Rondônia. Hoje, as limitações são grandes e o histórico tem demonstrado que os preços médios são bastante menores que os estados que têm essas aprovações. Então, acho que essa foi a melhor reunião?, diz Camardelli anunciando que nos dias 23 a 28 de maio, um frigorífico vai receber a visita da comunidade europeia, deve ser auditada como se fosse um ?frigorífico Europa?.

. O presidente da Abiec sugeriu a ideia de fazer um grupo de trabalho para discutir problemas de pessoal do Ministério da Agricultura, estrutura, logística o que foi aceito por toda a comissão.?Acho que a gente pode ter uma grande notícia a curto prazo?.

Sérgio de Souza Ferreira, secretário executivo da Associação Rural de Rondônia em Ji-Paraná afirmou que a reunião foi muito produtiva e já percebe melhoras no mercado da carne, inclusive com relação ao preço da arroba do boi.

?Desde a primeira reunião do Movimento Grito da Pecuária, a gente vem notando uma evolução. É lento porque se está discutindo o mercado, mas com certeza tem melhorado muito, inclusive no mercado. A ideia é que daqui a gente vá discutir outros assuntos relativos a cadeia produtiva da carne. E isso só vai ser possível, com essa mesa de negociação, junto com os frigoríficos, que um não vive sem o outro?, afirmou Ferreira.

Cadeia Produtiva
Para Luiz Antônio Freitas, diretor do frigorífico Tangará, a reunião teve a abertura da cadeia produtiva, ?haja vista a possibilidade de inúmeros obstáculos que a gente tem para superar, e com essa integração com certeza vai acontecer. Agora, especificamente do preço, nós entendemos que preço é uma particularidade de cada empresa?.

Ele avaliou que não existe como combinar preço. Cada empresa mantém sua política, e que com certeza houve redução na oferta de animais do estado de Rondônia. ?Já houve melhora nos preços. O mercado se ajusta por si só. Nós temos que ter bastante cautela, não podemos agir na emoção, porque o frigorífico depende do produtor e o produtor do frigorífico?.

Outra questão abordada durante a reunião, foi o aumento nos preços dos insumos, por conta da alta do dólar e também os gastos com frete, que é considerado um complicador para elevar o preço da arroba do boi. A sugestão feita pela comissão, de se pagar, em média, R$ 134 não foi aceita pela maioria, mas muitos saíram satisfeitos da reunião. ?Se um frigorífico aceita pagar mais, os outros logo também seguirão o mesmo caminho?, finaliza Hélio Dias.

Com informações da Assessoria.

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